A campanha de vacinação
contra gripe H1N1 iniciou no dia 30 de abril e desde então pudemos acompanha a
grande procura da população por esta imunização, que tem gestantes com um dos
públicos alvo. Aproveitando o foco que a vacina contra o vírus da influenza
ganho nos últimos dias e vamos falar sobre a vacinação em gestantes.
Prevenir sempre é melhor que
remediar, e o ideal é que a mulher esteja com a caderneta de vacinação adulta
de em dias antes mesmo de engravidar, garantindo uma gestação mais tranquila e
imune as principais doenças.
A vacinação é parte
fundamental do pré-natal, pois irá proteger não somente mãe, mas também o bebê.
A gravidez e a amamentação ajuda proteger a criança até ela poder começar a
vacinação infantil.
O Ministério da Saúde,
através Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda que a gestante tome quatro vacinas neste período: a
influenza; hepatite B; dupla adulto (difteria e tétano - dT); e a difteria,
tétano e coqueluche (dTpa).
Porque
se vacinar?
No site do 56º Congresso de
Ginecologia e Obstetrícia, Nilma Antas Neves, presidente da
Comissão de Vacinas da Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e
Obstetrícia (FEBRASGO), explica quais podem ser as decorrências das doenças durante
a gestação:
Vacina Influenza:
A
gripe durante a gestação ou puerpério pode levar a formas clínicas graves,
pneumonia e morte. O risco de complicações é muito alto, principalmente no
terceiro trimestre de gestação, mantendo-se elevado no primeiro mês após o
parto. Todas as gestantes devem tomar a vacina Influenza, em qualquer fase da
gestação.
Vacina dTpa
A
vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular do adulto) tem o objetivo específico
na gestação de proteger contra tétano neonatal e coqueluche no recém-nascido.
A
vacinação da gestante deve ser com idade gestacional acima de 20 semanas
(preferencialmente entre 27 e 36 semanas). A mulher deve ser vacinada em todas
as gestações, independente de quando tomou a última dose da vacina dT (que é a
dupla bacteriana, disponível nos postos de saúde, porém, confere proteção
apenas para Difteria e Tétano).
É
preciso reforçar que:
1
Se a gestante já tem seu esquema de vacinação contra tétano completo (3 doses
prévias), ela precisa tomar apenas a dTpa entre 27 e 36 semanas.
2 Se a gestante não tem ou não sabe se o
esquema de tétano está completo, ela deve ser vacinada com 2 doses da dT e 1
dose da dTpa (sendo esta, entre 27 e 36 semanas). O intervalo entre as doses
deve ser entre 30 e 60 dias.
Vacina Hepatite B
Os
recém-nascidos podem ser infectados ao nascerem de mães portadoras do vírus B
da hepatite. O risco de infecção crônica é mais elevado, quando a exposição
ocorre no período perinatal.
Caso
a gestante não tenha o esquema de vacinação completo para Hepatite B ou nunca
tomou nenhuma dose, ela deve ser vacinada durante a gestação preferencialmente
durante o segundo ou terceiro trimestre. O esquema completo consiste em 3 doses
(0-1-6 meses). Se a gestante já tiver recebido 1 ou 2 doses, deverá completar
as doses durante a gestação, não sendo necessário tomar novamente a(s) dose(s)
recebidas.
Por Cinthia Tavares